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Ernesto Sabato, algum testamento

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Há muitas faces que definem Ernesto Sabato. E duas delas são suficientes para ressaltar sua grandiosidade para a literatura: ser o autor de O túnel (1948), Sobre heróis e tumbas (1961) e Abadon, o exterminador (1974) e o homem atormentado e horrorizado que presidiu a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (CONADEP) em seu país natal. Juan Cruz, ao lembrar sobre o escritor para o jornal El País , disse que “Ernesto Sabato era um homem triste; de tão triste parecia que essa era sua natureza; mais que seu corpo, seu olhar, suas palavras, mais que tudo isso, Sabato era fisicamente triste”. A tristeza estava no lugar de pouco à vontade no mundo. Aliás, como se pode ficar à vontade quando a humanidade é toda barbárie? Descendente de pai italiano e mãe albanesa, Sabato deixou ainda outras obras de grande importância para a literatura latino-americana; além de romancista, foi o autor que escreveu uma extensa e variada obra ensaística na qual tratou sobre seu traba