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“Amo como mulher e te amo porque és mulher”: a paixão epistolar de Virginia Woolf

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Foi o cunhado de Virginia Woolf, Clive Bell, quem avisou que uma aristocrata bem conhecida de toda Londres por suas faladas aventuras homossexuais, Vita Sackville-West, também escritora, havia posto os olhos nela e queria conhecê-la, e sobre ela se organizou um discurso exagerado. “Vita é uma lésbica declarada, tens cuidado”, teria alertado Clive, a quem a mordaz Virginia respondeu, “Pois como esnobe que sou, não saberei resistir”. Apesar dos displicentes comentários iniciais da romancista, parece que o encontro surtiu o efeito desejado por Vita: despertar o interesse, primeiro, e depois, o desejo da grande Virginia Woolf. Em algum ponto intermediário do encontro fez presente o amor, cujo testemunho ficou registrado por escrito em muitas cartas trocadas pelas duas protagonistas. Virginia Woolf não tinha nenhum problema em se expor numa relação homossexual. Havia sido criada num ambiente de absoluta liberdade – ao seu redor eram comuns tanto os escarcéus extraconjugais como