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Mostrando postagens de julho 19, 2016

Péter Esterházy, riso e melancolia

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“Há, na minha memória, pelo menos três escritores sorridentes, e entre eles está Péter Esterházy, o húngaro que sorria. Os outros são Jorge Luis Borges, que sorria e fazia sorrir, e Juan Carlos Onetti, que sorria por dentro. Mas, no caso do primeiro, o riso era muito especial: ria (e sorria) de sua sombra, que vinha de uma árvore plenamente aristocrática e da marca principal de seu país no século XX, o stalinismo e seu comunismo intrínseco, conforme descreve em Pequena pornografia húngara (tradução livre)”, diz Juan Cruz. (Entre o trio dos sorrisos é válido constatar que o húngaro tinha predileção por Borges, sobre quem disse gostar pela maneira como “trata da incerteza da realidade”; “É como se ele tivesse vindo da lua”, disse) O escritor foi descoberto pelo mundo muito tardiamente. Com a publicação de Harmonia caelestis . Aqui era o autor maduro, capaz de afrontar e confrontar o passado, tratar o século XVII, como se fosse hoje, enquanto em Pequena pornografi