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Mostrando postagens de dezembro 11, 2015

Maria Teresa Horta: as bodas de Eros e Psiquê

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Por Márcio de Lima Dantas Diferente de outras mulheres poetas que tematizaram o amor de uma maneira em que o erotismo apareceu mais ou menos explícito no conjunto de uma lírica, como Florbela Espanca, esquecida e difamada em seu tempo, a poeta portuguesa Maria Teresa Horta teve reconhecimento em vida, sendo considerada, hoje, como um do maiores expoentes, de todos os tempos da literatura escrita por mulheres. Detentora de uma lírica erótica lastreada em um requintado pudor, pois não faz uso de palavras chulas ou que beirem a vulgaridade, a poeta porta-se em toda a sua vasta obra como possuidora de um politicamente sensato, que não busca escandalizar. Mesmo porque lhe parece natural o fato de tratar com detalhes os signos vinculados ao estrato do erótico no corpo ou ao ato sexual mais propriamente explícito, em suas inúmeras possibilidades, assim como nominar as partes que dizem respeito à consecução, quando dos corpos buscando um ao outro com o objetivo de sentir e da