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Mostrando postagens de junho 30, 2015

Mário de Andrade

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Mário de Andrade. Foto: Jorge de Castro Eu sou um escritor difícil  Que a muita gente enquisila, Porém essa culpa é fácil  De se acabar de uma vez: E só tirar a cortina Que entra luz nesta escuridez. Os versos estão no livro A costela do Grão Cão , obra de Mário de Andrade que só veio a lume, apesar de escrito entre 1924 e 1940, em 1941. Eles reforçam duas coisas: uma, o escritor tinha consciência sobre o que durante toda uma vida, e depois dela, sempre o acusaram – o hermetismo de sua obra; outra, estamos diante de um dos nomes mais irreverentes da literatura brasileira. As duas constatações são produzidas como definidoras de um contexto cultural do qual o paulista foi um dos grandes incentivadores: o modernismo cuja chegada é geralmente atribuído a realização da Semana de Arte Moderna de 1992. Noutras palavras é possível dizer que a figura de Mário de Andrade se confunde com aquilo que o movimento preconizava. Antonio Candido relembra-o ao lado de Oswald de A