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O inventário das coisas ausentes, de Carola Saavedra

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Por Pedro Fernandes Embora surjam nomes aos borbotões, conta-se nos dedos os que possivelmente renovarão a cena da literatura brasileira. Falo, evidentemente, dos escritores contemporâneos – grande parte ainda presa num certo narcisismo próprio do artista que é logo de cara, por alguma razão, ovacionado pelos meios onde circulam os tais da elite artística do país. Elite que, diga-se, tem sido o desastre dos tempos insossos que padecemos. Cá, não sei muito de Carola Saavedra, se ela poderia figurar entre esses abençoados. Pouco leio, aliás, nos meios mais convenientes, sobre a escritora. E, se a Companhia das Letras tem abrigado parte da nova turma de narcisos, ao menos – é o que parece – Carola escapa. Constrói uma obra e aguarda silenciosamente um parecer sobre ela. O inventário das coisas ausentes é o quarto título depois de Toda terça , Flores azuis (este foi o que mais li críticas a respeito), Paisagem com dromedário . Não poderei estabelecer relações com estes t