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Mostrando postagens de outubro 10, 2013

Crônica de um leitor de "O jogo da amarelinha" (5)

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Por Juan Cruz Ruíz Primeiro li Três tristes tigres , de Guillermo Cabrera Infante. Foi depois de uma prova de História da Filosofia, na Universidade de La Laguna. O professor Emilio Lhedó, que então tinha 39 anos, era para nós Don Emilio, e assim seguiu sendo para muitos, entre outros para mim. Já então era um homem com uma enorme autoridade moral entre nós; ensinava Filosofia e História, e não apenas História da Filosofia, e nos despertou um enorme interesse pela leitura. Tudo podia estar nos livros, e ele falava desde os livros para explicar tudo; ou melhor, desde as palavras. A palavra era a essência e na palavra estava o ritmo, a alma das coisas, dos acontecimentos e das pessoas. Naquele momento ele acabava de ponderar um atrevimento, pois não pedido um ensaio, qualquer ensaio, que tivesse com sustentação nosso conhecimento das palavras, e eu lhe havia feito um trabalho sobre o movimento pânico que então agitava (essa é uma boa palavra, agitava) Fernando Arrabal em Paris