Voltar a Joseph Conrad e James Joyce

Estou noutro mundo e não sabia. Esta foi a conclusão que tirei quando inventei de percorrer alguns lugares da ilustração, coisa que faço, percebi recentemente, com mais frequência do que imagino e mesmo depois dessa descoberta não sei quando e nem como esse papo teve início. O fato é que tenho minha admiração a meu modo pela arte de ilustrar não importando aqui que meios o artista utilize: se a fotografia, a pintura, a colagem, o grafite...


***

Já antes das ilustrações de Matisse descobri as ilustrações de Salvador Dalí para Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll. E prometi uma post sobre esse trabalho. Deveria fazer isso agora, mas aparece-me duas outras novidades em torno de Coração das trevas e de James Joyce. É que antes de Kish ter sido contratado a cumprir o trabalho de ilustrar página a página o trabalho de Joseph Conrad, já em 2010, a editora inglesa Self Made Hero trazia para as livrarias uma adaptação em formato graphic novel para Coração das trevas e com desenhos feitos à lápis pela artista queniana Catherine Anyango. Um rico e preciso trabalho que merece ser comentado da sua existência. Abaixo um aperitivo com três imagens, mas que pode ser visto mais outras na web page da artista, aqui



clica sobre as imagens para ampliar
 

***

Agora, antes que eu passe a James Joyce, outro trabalho de ilustração grandioso é o conduzido pelo artista plástico Zak Smith para O arco-íris da gravidade, romance de fôlego de Thomas Pynchon - o romance foi publicado por aqui numa edição da Companhia das Letras com tradução de Paulo Henriques Britto, em 1998. Smith usando pinturas e fotos experimentais seguiu o mesmo estilo de página a página de Matt Kish para Moby Dick. O trabalho foi exposto no Whitney Museum em Nova Iorque e faz parte, atualmente do acervo permanente do Walker Art Center, em Minneapolis, Estados Unidos. Quem não pôde ir ver in loco o trabalho de Smith, pode fazê-lo on-line, aqui. Abaixo um recorte com as últimas ilustrações para cada uma das quatro partes em que se divide o livro.




clica nas imagens para ampliar


***

Agora é James Joyce. Finnegans wake, obra publicada em 1939, dois anos da morte do autor, e escrita o longo de 17 anos durante o seu exílio em Paris; calhamaço de 628 páginas que foi traduzido por Donald Schüler (Prêmios APCA e Jabuti), e mais: com ilustrações (já que estamos falando delas) de Lena Bergstein e Hélio Vinci e organizada em cinco caprichados volumes bilíngues pela Ateliê Editorial. Finnegans wake está, desde 2010, sendo ilustrada, página a página pelo designer gráfico Stephen Crowe. O trabalho, que não tem data para sua finalização, pode ser acompanhado também on-line (aqui) e teve a sua última publicação uma imagem para a página 81, do capítulo 4.



***

Bem, com tantas novidades, só me resta dizer que depois comento sobre as ilustrações de Salvador Dalí para Alice no país das maravilhas


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Boletim Letras 360º #579

Boletim Letras 360º #573

A bíblia, Péter Nádas

Boletim Letras 360º #576

Boletim Letras 360º #574

Boletim Letras 360º #575