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Machado de Assis: alguma coisa anda no ar - um papagaio ou uma república?

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Por Carlos Faraco* Em meados do século XIX, o mapa socioeconômico do Brasil parecia um quebra-cabeças... desmontado. Diferenças regionais profundas, em todos os setores, num país gigante, com uma população estimada grosseiramente de 7 milhões de habitantes. Pouca gente para muito país. Dessa pouca gente, pouquíssimos decidiam. Quem mandava nas terras eram os cafeicultores do Sul, os criadores de gado e os donos dos extensos canaviais nordestinos. Mandavam na terra, nos escravos, no dinheiro, na política. Em tudo. Ao lado dessa restrita classe dominante, formava-se uma burguesia dedicada ao comércio, que logo logo ia começar a querer interferir nos destinos da nação. Indústria? Nem pensar! Livros, máquinas, calçados, escravos... tudo vinha de fora. E custava dinheiro. Dinheiro que os poucos privilegiados detinham. Em 1880 o Brasil era o único país do mundo ocidental que ainda admitia o trabalho sob regime de escravidão. No entanto, desde 1850, quando Machado ainda e