Marina Colasanti



Marina Colsanti nasceu em 1938, em Asmara, na Etiópia. Viveu parte da primeira infância ainda na África e depois a família mudou-se para a Europa, onde passou onze anos na Itália. Chegou ao Brasil em 1949, quando a situação não era nada fácil num Velho Continente solapado pelas atrocidades da Segunda Guerra Mundial. Desde então passou a viver no Rio de Janeiro, onde dividiu sua formação entre a pintura e a colaboração em vários periódicos, como apresentadora de televisão na TV Rio, Tupi e TVE,  além de desempenhar as atividades de roteirista nessas emissoras.

Além da televisão, onde primeiro exercitou sua aproximação com a escrita, fez parte do Caderno B no Jornal do Brasil a partir de 1962 e foi na imprensa escrita, como grande parte dos escritores que desenvolveu seus primeiros textos além de compor ilustrações; no mesmo jornal, foi editora do Caderno Infantil durante mais de dez anos.

Desde quando foi para o Jornal do Brasil, Marina não parou mais de se envolver com atividades ligadas ao universo da escrita; foi colunista nas revistas Senhor, Cláudia, Fatos & Fotos, Nova, Manchete. E nesse burburinho de redações e colunas para periódicos diversos da cena carioca se deu sua estréia literária: em 1968 com o livro Eu sozinha, uma coletânea de crônicas, grande parte delas já publicadas na imprensa. 

A publicação serviu-lhe de porta para uma série de outros títulos do gênero (Nada na manga, 1975; Eu sei, mas não devia, 1995; O leopardo é um animal delicado, 1998; A casa das palavras, 2002; Os últimos lírios no estojo de seda, 2006 ),  para o exercício da poesia (Rota da colisão, 1993; Gargantas abertas, 1998; Fino sangue, 2005; Passageira em trânsito, 2009) e do conto (Zooilógico, 1975; A morada do ser, 1978; Contos de amor rasgados, 1986; Penélope manda lembranças, 2001; Hora de alimentar serpentes, 2013), e ensaios (A nova mulher, 1980; Mulher daqui pra frente, 1981; E por falar em amor, 1984; Aqui entre nós, 1988; Intimidade pública, 1990; Fragatas para terras distantes, 2004; Minha guerra alheia, 2010).

A maior parte de sua bibliografia inclui publicações na literatura infanto-juvenil - área na qual terá se especializado na escrita e na ilustração, tanto em prosa (Uma ideia toda azul, 1979; Doze reis e a moça no labirinto de vento, 1982; Uma estrada junto ao rio, 1985; O lobo e o carneiro no sonho da menina, 1985; O verde brilha no poço, 1986; Um amigo para sempre, 1988; O menino que achou uma estrela, 1988; Será que tem asas, 1989; A mão na massa, 1990; Cada bicho seu capricho, 1992; Entre a espada e a rosa, 1992; Ana Z, aonde vai você?, 1993; Um amor sem palavras, 1995; O homem que não parava de crescer, 1995; Longe como o meu querer, 1997; A amizade abana o rabo, 2002; A moça tecelã, 2004; Minha tia me contou, 2007; Do seu coração partido, 2009; Com certeza tenho amor, 2009; Breve história de um pequeno amor, 2013) quanto em poesia (Minha ilha maravilha, 2007; Poesia em quatro tempos, 2008; Classificados nem tanto, 2010; O nome da manhã, 2012).

Foi ganhadora por diversas vezes e em diversas categorias do Prêmio Jabuti.

* Este texto foi atualizado em dezembro de 2013.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Boletim Letras 360º #576

O som do rugido da onça, de Micheliny Verunschk

Dalton por Dalton

Boletim Letras 360º #575

Boletim Letras 360º #570

Boletim Letras 360º #574